Estas férias foram pródigas em dar-me este tipo de sensação, os conselhos ternos do M. também o foram. É bom termos anjos no nosso caminho, é bom deixarmo-nos levar pelo vento e fazer as coisas quando achamos que devemos fazer e não quando a lógica e a "normalidade" dos outros nos permitem fazer. Realizar sonhos é possível e é para isso que vivemos, que trabalhamos, que muitas vezes nos sacrificamos.
A comunhao profunda com a natureza, a todos os níveis, ensinou-me que devemos seguir o nosso ritmo e o nosso instinto. Se o nosso grilo nos diz: vai por ali, faz isto, nao faças aquilo, devemos ouvi-lo e segui-lo mesmo que nos pareça um completo disparate! ou que nos pareça que não vamos conseguir ou nao temos condições para realizar.
A vozinha na minha cabeça diz-me: tudo faz sentido e por isso só pode correr bem!
Tal como aconteceu nas férias, quando há sinais que nos dizem para nao fazermos um trilho e nós os ignoramos, mais á frente vamos dar conta que nos esquecemos de coisas importantes, como trocar de botas, levar água, levar máquina fotográfica. Depois acabamos por perder o trilho logo ali a meio caminho e voltamos para trás em grande frustração. O caminho nao era suposto fazer desde o momento em que nao achamos sequer a estrada de acesso para ele...insistimos, e depois lá estava o destino a dizer: meninos, vão embora que isto aqui nao é para vocês!
Com a vida é o mesmo, vamos seguir os sinais...se insistimos tantas vezes e nos metemos nas mesmas situações: menina, vai embora que isto aqui não é para ti!
Se pelo contrário, quando nao insistimos e as coisas de que gostamos vêm ter connosco naturalmente, então, de que esperamos? Bora lá! Por muito medo que haja, vamos em frente que atrás vem gente!